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Expedição Deserto do Atacama - Chile 2005
 
A cordilheira dos Andes e o Deserto do Atacama..
 

A Cordilheira dos Andes, ou o “Cordón de Fuego” na língua  Atacamenha,  com 7.500 Kms de extensão,é a segunda cordilheira mais alta do mundo, depois do Himalaya.Essa cadeia de montanhas, que começa com pequenas elevações junto ao Mar do Caribe, corta toda a América do Sul e se extende até o Cabo Horn, na Terra do Fogo, e possui vulcões quase que na totalidade de sua extensão, e tem uma altura média de 5.000 metros, sendo o Monte “Ojos del Salado”, com 6.893metros, o ponto mais alto.O Deserto do Atacama faz parte da Cordilheira dos Andes e é considerado o mais árido do mundo, e cobre grande parte do norte do Chile, desde o paralelo 27º de latitude sul, perto da cidade de Copiapó, até a fronteira do Peru.Neste deserto as chuvas são raríssimas, a tal ponto que em alguns lugares nunca choveu. Em grande parte do deserto não há vida,  plantas, nem insetos. De repente, surgem oásis graças as águas de degelo da Cordilheira dos Andes, através de rios ou águas subterrâneas. Nestes oásis próximos ao Salar de Atacama, surgiram há milhares de anos (9.000 a.C), assentamentos humanos que deram origem a cultura atacamenha Lican-Antay, “Pueblos de los Oásis”, fruto da transição da vida nômade para uma vida sedentária fixa a um local, e o povo atacamenho desenvolveu seus próprios ritos e costumes, enriquecidos por contatos com outros povos.Em meados do século XV, o Império Inca impôs suas leis aos povos do deserto, entretanto os atacamenhos apesar de serem dominados politicamente, conseguiram manter seus costumes, por exemplo o seu idioma, o Kunza. Menos de 100 anos depois, a chegada de colonizadores espanhóis impôs seu domínio, provocando mudanças profundas na vida e cultura atacamenha, ao reprimir suas crenças e dizimar sua população.San Pedro de Atacama, encravada a 2.436 metros de altitude, no meio do coração do Deserto do Atacama, é o coração da cultura atacamenha e a capital arqueológica do Chile.

 
O grupo formado por amigos...
 

Clique Aqui para ver mais fotos...Com o foco de explorar bem o Deserto do Atacama,saímos de Belo Horizonte no dia 26/dez e depois de pernoite em Londrina,chegamos no início da tarde do dia 27/dez em Foz do Iguaçu. Visita rápida ao Paraguai para comprar uma máquina de filmar e também alguns cartões de memória para as máquinas fotográficas.

Dia 28/dez, já percorridos 1.600 Kms desde o início da viagem, deixamos o Brasil para trás em Foz do Iguaçu. Depois de fazermos toda a papelada e burocracia de entrada na Argentina, seguimos viagem até Resistência, onde chegamos no final da tarde,logo após cruzar a ponte sobre o Rio Paraná.

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No quarto dia da expedição cruzamos o Chaco Argentino, e depois de um longo dia de estradas chegamos em San Salvador de Jujuy., deixando para a próxima manhã o ataque à Cordilheira dos Andes. Jujuy é uma cidade grande, com muitas lojas boas para compra, e  com bons restaurantes.

Clique Aqui para ver mais fotos...Saímos bem cedo de Jujuy, de uma altitude de 1.600 metros, e começamos a ver na nossa frente a Quebrada de Humahuaca, um vale muito bonito com montanhas dos dois lados e um rio com o leito seco. A água dele é de degelo e nesta época estava seco.Logo após este local chegamos em Pumamarca,local onde começa

realmente a subida na Cordilheira dos Andes. É um paredão e a estrada forma ali também “Los Caracoles”.Num dos pontos mais altos da subida, a 4.837 metros, fizemos toda a papelada e burocracia de saída da Argentina, para podermos cruzar a fronteira no Paso de Jama e entrar no Chile.

Clique Aqui para ver mais fotos...Logo depois da fronteira, uma imensa visão de cartão postal,o Salar Grande.

 

Na terra dos Vulcões e do Sal...

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A chegada em San Pedro de Atacama foi recebida com bastante ansiedade, pois lá era o nosso objetivo principal. Demos primeiro uma volta pela cidade, fizemos nossa reserva para o reveillon e em seguida fomos para o hotel.

A noite fomos andar pela cidade, conhecer o comércio que funciona de 08:00 às 13:00 hs e de 17:00 às 20:00 hs, e tomar nossa primeira garrafa de vinho chileno “in loco” no Restaurante Adobe.

Dia 31/dez foi o primeiro dia de visita e o locais escolhidos foram as Laguna Miñiques  e Laguna Miscanti, distantes 120 Kms de San Pedro, dentro da Reserva Nacional Los Flamencos, na Comunidad Atacameña de Socaire. A fauna impressiona neste local.Na volta visitamos a Laguna Chaxa, também

pertencente a Reserva Nacional Los Flamencos.  Nesta lagoa se encontra a maior população das 3 espécies de flamengos existentes no deserto.

Voltamos no início da noite para San Pedro, porque o reveillon nos esperava. A ceia tem comidas bem diferentes do que estamos acostumados.A meia noite tem alguns fogos de artifício e alguns restaurantes e casas queimam um boneco chamado Mono (que é bem similar ao nosso Judas queimado nas festas juninas),que simboliza deixar para trás as coisas ruins do ano velho e desejar coisas boas no ano novo.

A festa não demora muito a acabar porque todo mundo no dia seguinte tem algum passeio bonito a fazer. Agora já em 2006, no dia 01/jan, acordamos no

meio da manhã e fomos conhecer mais um pouco da cidade de San Pedro, deixando para a tarde o passeio ao Pukará de Quitor, Vale de  la Luna e Vale de la Muerte. O Pukará de Quitor são ruínas de um assentamento do povo atacamenho, datada de 900 a.C, que serviram de proteção dos ataques incas por volta de 1.450 d.C, e dos ataques dos colonizadores espanhóis em 1535 d.C. São cerca de 200 estruturas separadas por vias de acesso, que seriam casas, praças, currais e espaços de uso comum.

Na volta visitamos o Vale da la Muerte, um local desolado no meio da Cordillera de la Sal, onde formas e cores estranhas são um presságio de um lugar carente de vida. No fim da tarde fomos ver o pôr do sol no Vale de la Luna. O nome vem de sua conformação parecida com a superfície lunar,

devido a distintas estratificações das montanhas e os afloramentos salinos ocasionados por agentes naturais como o vento.

No dia 02/jan acordamos às 03:15 hs da manhã para irmos conhecer os Geisers del Tatio. O caminho feito a noite ficou marcado pelo frio em todo o trajeto. Chegamos aos geisers já começando a  amanhecer, e é um extraordinário sobre uma caldeira vulcânica a

4.320 metros de altitude. Violentos jorros de água fervente saltam pelos ares a 85º C, produzindo,ao contato com o ar a temperaturas abaixo de zero, vapor de água, que ficam iluminados pelos primeiros raios de sol ao amanhecer. Na volta entendemos o porque do frio da noite. A estrada circunda várias montanhas que tem o cume todo nevado. Num oásis nesta estrada foi onde vimos o maior número de animais, convivendo em harmonia para beber água.

Fizemos uma parada nas Termas Puritama, que são pequenos poços de águas quentes que saem das rochas. A água quente é transparente e relaxante, e restaura o frio passado na noite.

Dia 03/jan reservava a nossa maior e mais arriscada aventura: visita ao Vulcão Lascar, em atividade desde a última forte erupção ocorrida em 2000, com seus 5.592 metros de altitude. A partir da base do vulcão.Conseguimos chegar com os carros, reduzidos e bloqueados, até 4.800 metros de altitude,mas a boca do vulcão soltando fumaça nos

instigava a chegar lá em cima. Paramos os carros e começamos a escalada. Nesta altitude já está bastante frio e tem muito pouco oxigênio no ar. O ritmo da respiração muda completamente. Estes quase 700 metros de elevação levam uma eternidade. A cada 10 ou 15 pequenos  passos tínhamos que fazer uma parada para descanso. Não é que você não queira ir mais um pouco, é que realmente não se consegue. A medida que subíamos o grupo foi diminuindo, por causa da desistência de alguns em continuar sofrendo e arriscando-se para subir, e 3 horas e meia após o início da subida a pé, eu e o Luciano finalmente chegamos na boca do vulcão. Uma imensa cratera com vários pontos soltando uma fumaça com um cheiro forte de enxofre. Nesta altitude você não consegue raciocinar direito, falar é um sofrimento, e segurar as máquinas fotográficas e de filmar é difícil, pois a impressão é que ficaram pesando como chumbo. Documentamos a conquista do vulcão com fotos nossas no local, filmagens e fotos da tela do GPS indicando 5.491 metros.Ficamos somente 10 minutos neste local inusitado e, devido aos fortes ventos e temperatura muito baixa, iniciamos a descida até o carro, o que levou 2 horas, e chegamos em San Pedro do Atacama a noite, com o Ricardo e o Bruno conduzindo o carro e comentando  sobre o que é ficar embaixo da montanha, em suspense, sem notícias.A noite foi de despedida do deserto, pois no dia seguinte retornaríamos ao Brasil. A partir desse ponto o grupo começou a se dispersar, pois o Frede e o Gustavo permaneceram em San Pedro de Atacama.

 

Retorno ao Brasil, já marcando data para voltar este ano...

 

Nossos dias de Chile já estavam chegando ao fim, e no dia seguinte partimos bem cedo rumo a Argentina.Foram 2 dias de viagem feita com muita tranqüilidade até Foz do Iguaçu, onde resolvemos ficar mais um dia para fazermos compras em Ciudad del Leste, no Paraguai.

 Mais 2 dias de viagem nos trouxeram de volta para casa.A expedição foi um grande sucesso. Tudo correu muito bem e aproveitamos muito a viagem. Foi tão bom que agora no final do ano, dia 26 de dezembro de 2006, vamos de novo para o Deserto do Atacama.

Calendário das próximas expedições

 

 
 
 


 
 


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